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sexta-feira, 9 de novembro de 2012
V Circuito Estadual das Artes traz a peça Rosa para SJB
O V Circuito Estadual das Artes traz para São João da Barra a peça teatral “Rosa” que será exibida neste sábado, dia 10, às 19h, no Cine Teatro São João, onde o ingresso será 1Kg de alimento não perecível. Com uma programação diversificada, O Circuito Estadual das Artes busca promover o acesso do público a espetáculos de teatro, dança, música e circo, exibindo produções de reconhecida relevância cultural.
Ao criar o Circuito Estadual das Artes, o Governo do Estado do Rio de Janeiro aponta para a importância da participação dos municípios no processo de construção de políticas públicas de longo prazo para a difusão da cultura. “Acessibilidade é a palavra-chave para resumir os objetivos do projeto. Fazemos a arte circular através de espetáculos de grande relevância para os municípios, aos quais eles talvez não tivessem acesso”, explica Marilda Samico, Coordenadora de Artes Cênicas.
A peça - Rosa é uma senhora judia de aproximadamente 80 anos que, durante o período de luto judaico, relembra sua vida, como sua infância em Yultishka (cidadezinha perdida no meio da Ucrânia, de estradas de terra batida e de casinhas minúsculas) até seus dias atuais, em Miami Beach, na América que lhe acolheu.
Rosa também se recorda de vários outros momentos marcantes, como sua mudança para Varsóvia, a invasão da Polônia pelos nazistas, o sonho da Palestina, a tyerra dos antepassados, que Deus havia prometido, sua passagem por Jerusalém, Atlantic City e Connecticut. Clandestina num navio, em Sete, na França, Rosa também viu o mar pela primeira vez e achou que era uma alucinação. Com leveza, emoção e uma pitada de ironia, a personagem nos conduz para quase um século de histórias, suas e do mundo.
A diretora Ana Paz se torna invisível na cena, deixando à atriz o papel definitivo de elaborar a idosa, com os recursos disponíveis da atriz. Essa discreta participação, é a prova do eficiente trabalho da diretoria diante de um monólogo, que além de seu caráter psicológico, abrange realidades políticas e culturais mais abrangentes.
A encenação tem ainda no cenário de Hélio Eichbauer, com sua discreta exposição de objetos e símbolos, e na iluminação sutil de Paulo Cesar Medeiros, os eficientes complementos da montagem em cartaz no Teatro do Leblon. Débora Oliveiri, absoluta e íntegra no palco, se reveste da mulher judia com detalhes que transformam a personagem em verdadeira feixe memorialístico. Num trabalho de composição, elaborado em mínimos matizes, do desenho físico ao sotaque, Débora costura atuação minuciosa, mas acima de tudo, sincera.
Fonte: Secom - SJB
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