Megaempresário Eike Batista anunciou o projeto em feira no Rio
Mais uma notícia animadora para o Norte e Noroeste Fluminense foi dada pelo megaempresário Eike Batista: o Porto do Açu, em São João da Barra, vai abrigar uma fábrica de carros elétricos, primeira do gênero no país. O empreendimento de R$ 1 bilhão terá participação do Banco Nacional de Desenvolvimento e Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O anúncio foi feito na última quarta-feira durante negociações na Feira Internacional de Petróleo e Gás, no Rio Centro, dois dias após ele assinar contratos com o grupo sul-coreano Sternium para montar a segunda usina siderúrgica no Porto do Açu e ter anunciado ainda a instalação de uma Usina de Beneficiamento de Petróleo na área.
A fábrica de carros elétricos ficará em uma área ao lado do porto e terá capacidade para montar 100 mil veículos/ano, totalmente movidos a baterias elétricas, com tecnologia japonesa e européia.
O empreeendimento demandará a construção fábricas de autopeças. Como na indústria automotiva, cada 20 mil veículos produzidos demandam uma fábrica de autopeças, cerca de cinco fábricas para a produção de peças deverão ser atraídas para a área do porto. A fabricação dos carros criará 15 mil empregos indiretos a cada 20 mil veículos.
Economia - Ao fazer o anúncio, o dono do grupo EBX investiu no marketing do primeiro carro brasileiro elétrico: “O negócio do carro elétrico é irreversível. Quem gasta R$ 200 por mês em combustível, num carro elétrico, carregando na tomada à noite, gastará menos de R$ 20. O problema hoje ainda é o custo inicial do carro, ainda alto, mas o preço das baterias está caindo. Há espaço no mercado brasileiro para a fabricação de veículos elétricos, uma tendência mundial por não polir o ambiente e não provocar ruídos”, observou Eike.
O empresário, que no início do ano manteve entendimentos com chineses e indianos para a montagem de uma fábrica da Tata (veículos elétricos indianos) e Chery (chineses de motor a explosão), leva ainda em consideração que nos próximos dez anos o Brasil consumirá oito milhões de automóveis/ano. “Tem espaço para gente nova, para a indústria nacional. Vai ser uma empresa nacional com know-how (tecnologia) estrangeiro”, conpletou Eike, considerado o oitavo homem mais rico do mundo.
Fácil acesso a materiais e logística facilitam execução do projeto
O empresário enumerou ainda outras vantagens que viabilizam o empreendimento no Açu. “As baterias serão de tecnologia japonesa e o restante do veículo terá a concepção e design de engenheiros brasileiros e europeus. O carro terá capacidade para cinco ocupantes e autonomia de 160 quilômetros antes de recaregar a bateria”.
Entre as facilidades das quais poderá contar no Açu para abrigar o projeto, o empresário citou a redução de custos de produção, ao dispor no complexo industrial no entorno do porto de duas siderúrgicas para fornecer aço e uma usina termelétrica para garantir energia mais barata, além de estradas de ferro e rodovias para escoar a produção. “Só pela logística do Açu a gente ganhará US$ 200 por automóvel, o que é muito dinheiro”. O carro de Eike será o primeiro veículo brasileiro depois da experiência do empresário João Augusto Gurgel, nos anos 70 e 80, que chegou a produzir 43 mil veículos.
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