Período de 2012/2013 terá duração de 119 dias
A partir das 00h deste domingo (21/10), terá início o horário de verão e os relógios nos estados do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e no Tocantins — que adotará a medida pela primeira vez—, devem ser adiantados em uma hora, com exceção da Bahia este ano. O período que terá 119 dias de duração se estende até o dia 17 de fevereiro de 2013.
Com os dias mais longos, devido ao maior tempo de luz solar, o horário adotado nessas regiões do país, tem como principal objetivo a economia do consumo de energia elétrica, principalmente nos horários considerados de maior pico, das 18h às 20h, quando as pessoas chegam as suas casas e ligam a televisão, ar-condicionado, chuveiro elétrico e computadores, entre outros aparelhos que gastam energia.
Para alguns indivíduos o horário de verão traz muitos benefícios, como o maior aproveitamento do dia. Já para outros, a mudança mexe com o bem-estar do organismo, além de interferir e alterar o desempenho do ritmo diário de cada um. Há ainda, aqueles que acham que a mudança de se ter uma hora a menos durante esse período não interfere em nada durante suas atividades e compromissos.
O motorista de ônibus, Celso Siqueira Campos, de 39 anos, que começa a trabalhar às 5h e sai raramente às 13h, porque opta por dobrar seu horário até às 19h, para ganhar um acréscimo extra em seu salário no final do mês, gosta do horário de verão e disse que se pudesse escolher viveria sempre dessa maneira.
“O horário de verão traz muitos benefícios, mas é uma pena, porque quando a gente acostuma, acaba. Quando chego em casa, ainda tem a luz do dia e posso aproveitar mais. Até para ir a praia também é melhor, sem contar na economia de luz. Fico esperando o ano todo por esse período. No começo sinto uma certa diferença, mas já estou habituado”.
Já a comerciante Maria Rita da Silva Pedrosa, de 32 anos, que abre sua banca no Terminal Rodoviário, às 07h30, disse que apesar da melhora na parte financeira, devido ao maior tempo da claridade que o horário permite para funcionamento, o corpo sente drasticamente as mudanças.
“Esse horário mexe com o nosso organismo, deixa a gente muito cansado, além de aumentar o grau de estresse e provocar um enorme desgaste de energia no corpo”.
O gari Wellington Silva Azevedo, que há oito anos exerce a profissão e às 7h precisa estar trabalhando, relatou que já está acostumado todo ano com o horário de verão e que a mudança não afeta seu organismo.
“Sempre acordo cedo e não tenho problemas com isso. O bom desse horário é que chego à casa com o dia ainda claro e posso fazer outros tipos de serviços”.
Para o taxista, José Lírio dos Santos, de 64 anos, que há seis anos trabalha na área, mas, durante 25 anos foi motorista de caminhão, afirmou que o horário não faz diferença em sua vida.
“Muita gente gosta desse período. Mas, meu trabalho é autônomo, e se um dia ou outro acordar atrasado, não tem problema. Uma coisa boa é que favorece a manhã e anoitece mais tarde. Porém, em minha opinião, essa medida não economiza energia, porque gasto a mesma coisa nos dois períodos do ano”.
Segundo previsões do governo federal, será economizado um gasto de R$ 280 milhões com a ativação de usinas térmicas e a redução da demanda de energia nos horários de pico está estimada em 4,5%, que representa 2,2 mil megawatts. Já em relação à redução total, deverá ficar em 0,5%.
Fonte: Ururau
