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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

SJB terá primeira fábrica de carros elétricos do país.

Megaempresário Eike Batista anunciou o projeto em feira no Rio


Mais uma notícia animadora para o Norte e Noroeste Fluminense foi dada pelo megaempresário Eike Batista: o Porto do Açu, em São João da Barra, vai abrigar uma fábrica de carros elétricos, primeira do gênero no país. O empreendimento de R$ 1 bilhão terá participação do Banco Nacional de Desenvolvimento e Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O anúncio foi feito na última quarta-feira durante negociações na Feira Internacional de Petróleo e Gás, no Rio Centro, dois dias após ele assinar contratos com o grupo sul-coreano Sternium para montar a segunda usina siderúrgica no Porto do Açu e ter anunciado ainda a instalação de uma Usina de Beneficiamento de Petróleo na área.

A fábrica de carros elétricos ficará em uma área ao lado do porto e terá capacidade para montar 100 mil veículos/ano, totalmente movidos a baterias elétricas, com tecnologia japonesa e européia.
O empreeendimento demandará a construção fábricas de autopeças. Como na indústria automotiva, cada 20 mil veículos produzidos demandam uma fábrica de autopeças, cerca de cinco fábricas para a produção de peças deverão ser atraídas para a área do porto. A fabricação dos carros criará 15 mil empregos indiretos a cada 20 mil veículos.

Economia - Ao fazer o anúncio, o dono do grupo EBX investiu no marketing do primeiro carro brasileiro elétrico: “O negócio do carro elétrico é irreversível. Quem gasta R$ 200 por mês em combustível, num carro elétrico, carregando na tomada à noite, gastará menos de R$ 20. O problema hoje ainda é o custo inicial do carro, ainda alto, mas o preço das baterias está caindo. Há espaço no mercado brasileiro para a fabricação de veículos elétricos, uma tendência mundial por não polir o ambiente e não provocar ruídos”, observou Eike.
O empresário, que no início do ano manteve entendimentos com chineses e indianos para a montagem de uma fábrica da Tata (veículos elétricos indianos) e Chery (chineses de motor a explosão), leva ainda em consideração que nos próximos dez anos o Brasil consumirá oito milhões de automóveis/ano. “Tem espaço para gente nova, para a indústria nacional. Vai ser uma empresa nacional com know-how (tecnologia) estrangeiro”, conpletou Eike, considerado o oitavo homem mais rico do mundo.

Fácil acesso a materiais e logística facilitam execução do projeto

O empresário enumerou ainda outras vantagens que viabilizam o empreendimento no Açu. “As baterias serão de tecnologia japonesa e o restante do veículo terá a concepção e design de engenheiros brasileiros e europeus. O carro terá capacidade para cinco ocupantes e autonomia de 160 quilômetros antes de recaregar a bateria”.

Entre as facilidades das quais poderá contar no Açu para abrigar o projeto, o empresário citou a redução de custos de produção, ao dispor no complexo industrial no entorno do porto de duas siderúrgicas para fornecer aço e uma usina termelétrica para garantir energia mais barata, além de estradas de ferro e rodovias para escoar a produção. “Só pela logística do Açu a gente ganhará US$ 200 por automóvel, o que é muito dinheiro”. O carro de Eike será o primeiro veículo brasileiro depois da experiência do empresário João Augusto Gurgel, nos anos 70 e 80, que chegou a produzir 43 mil veículos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

“Com todas as palavras...” e cartaz no Cine Teatro São João a partir do dia 02 de setembro


Quem ainda não assistiu ainda poderá conferir o belo musical “Com todas as palavras...”, que estará em cartaz neste sábado e domingo, no Cine Teatro São João. A montagem dirigida por Silvano Motta e Antônio Carlos Dias será apresentada até o dia 12 de setembro, sempre de quinta a domingo. A realização da montagem tem apoio da prefeitura de São João da Barra.
Em cena, as atrizes sanjoanenses Ana Carolina Berto e Raquel Cunha trazem à tona sentimentos e conflitos que envolvem a vida amorosa de qualquer um, e conseguem encantar o público com muita música e reflexão, convidando-o a uma viagem dentro de si próprio.
Os argumentos da narrativa se entrelaçam com músicas da MPB, criando um clima ameno para o cotidiano, as situações que nos levam a rir ou chorar, dependendo do ponto de vista. No violão e na flauta estão JG e Rafaela Carvalho, respectivamente.
— “Com todas as palavras...” não é apenas um musical, mas torna-se poesia para a alma. Um deleite aos que apreciam as coisas simples da vida, aos que se perdem ou se reencontram em seus próprios devaneios, aos que sustentam suas próprias esperanças, aos que celebram as diferenças, como diferentes são os dias — observa Silvano Motta que comemora a parceria com Antônio Carlos Dias, diretor musical da montagem. “Ele firmou pareceria com o "Nós" desde o "Reisado das Pastorinhas". Este novo musical marca a consolidação dessa união. E já estamos estudando novos projetos”, revela Silvano.
O diretor acrescenta que Incluir este gênero na produção cultural regional vai ampliar o acesso à prática de um exercício artístico diferenciado. “Isso tanto por revelar novos valores, quanto pela possibilidade de contribuir na formação de platéias heterogêneas, cujo acesso às grandes produções em cartaz nos maiores centros do país, é reconhecidamente limitado por diversos fatores”, explica.
Para Silvano, para montar um espetáculo musical é preciso ter estilo, pois é de um desafio combinar música, dança e diálogos harmoniosamente. “A retomada do teatro musical no Brasil se tornou um fenômeno. Cada nova montagem nos grandes centros urbanos tem levado milhares de pessoas à paixão, emoção, sonhos. Porto seguro para os mais importantes compositores brasileiros, o teatro revelou nomes de expressão nacional: Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, Ary Barroso, Assis Valente, Tom Jobim, Chico Buarque etc. Os autores sempre usaram a música para embalar com um caráter lúdico os comentários sobre a realidade cotidiana, transformando palavras em sentimentos”, cita o diretor.

Com todas as palavras...
Local: Cine Teatro São João
Data: De 02 a 12 de setembro – de quinta a sábado, às 20h30; domingos e feriados às 18h.
Ingressos: R$ 5,00
Classificação 12 anos


Fotos: Luan Abreu e Francielle França

Fonte: SECOM/SJB

Aniversário do Palácio Cultural Carlos Martins comemora com exposição fotográfica de João Batista Rocha






Quem já teve a oportunidade de ver o nascer e o pôr do sol em São João da Barra e suas praias não tem como negar que a natureza capricha neste belo espetáculo que fica marcado na memória. O fotógrafo sanjoanense João Batista Rocha, resolveu ir além, registrar com sua câmera, com maestria e sensibilidade, as belas imagens de diversos pontos do município para compor a mostra “Natureza em Foco”, sua primeira exposição solo em 30 anos de profissão, que tem início no sábado dia 11, às 20h, no Palácio Cultural Carlos Martins, no Centro da cidade.
A mostra fotográfica, que reúne 40 imagens no tamanho 30 X 40, com molduras, é uma das atividades que marcam o segundo aniversário do Palácio Cultural, o antigo Grupo Escolar da cidade, que foi restaurado e reinaugurado em 2008. Para João Batista, que é fotógrafo da prefeitura desde 2002, trata-se da realização de um antigo sonho.
— Essa exposição é muito importante para mim, não apenas por ser um desejo antigo, mas também por ser em um local muito marcante para mim. Eu fui aluno do Grupo Escolar quando tinha nove anos de idade, e assim como muitos moradores da cidade, ver essa restauração foi algo maravilhoso. Muita gente vai poder ver um pouco do que venho fotografando nas horas vagas de 2006 para cá. É uma realização profissional — explica Batista Rocha, que já participou de outras exposições coletivas, principalmente em comemoração ao Dia do Fotógrafo.
Além de pôr do sol, retratado em 20 fotografias, a mostra traz ainda imagens das ruínas do Pontal de Atafona, fotos interessantes como a Lagoa de Grussaí em formato de mapa do Brasil, a Lagoa do Açu, fotografada quando estava seca, dando a impressão de ser um mar de conchas, cavalos e garças. “Inclusive, tenho uma muito interessante com uma garça no Rio Paraíba do Sul, no Porto de São Pedro, em três versões: tem a garça, sua sombra e reflexo na água. Ficou bem curiosa a foto. Tenho também fotos que mostram os barcos de pescadores no bairro da Cehab, em Atafona”, acrescenta Batista, informando que as imagens poderão ser adquiridas a preços populares.
A fotografia que mostra um velhinho observando as ruínas do Pontal é uma das preferidas de Batista. “Esse velhinho ficava todo dia de tarde no local e morava numa casa abandonada, que o mar já levou, e ficava ao lado do prédio de Julinho. Esse velhinho vive hoje no Retiro São João Batista e eu ainda vou levar uma foto de presente para ele.
João Batista se apaixonou pela arte de fotografar aos 14, 15 anos de idade. Ele aprendeu o ofício com o pai, João Rocha, o primeiro a ter um estúdio fotográfico em São João da Barra.
—Comecei tirando fotos 3X4 para documentos. Lembro que o movimento no estúdio era muito grande. Eu entrava 8h e tinha dia que saia 19h. De todos os irmãos, só eu mesmo continuei na profissão. A partir daí, comecei a fotografar aniversários, casamentos. Nunca desejei ser fotógrafo de jornal. Uma vez precisei fotografar um pintor que morreu eletrocutado em cima de um prédio e vi que não dava mesmo pra trabalhar com jornal, fazer fotos policiais. Nunca mais vivi essa experiência e nem desejo. Essa foi a foto que mais marcou em minha carreira — confessa.
Foi em 2006 que Batista começou a se dedicar a fotografar paisagens. O estímulo foi um concurso de fotografias sobre a natureza, em Belo Horizonte. A foto não foi selecionada, mas o inspirou a se aprimorar cada vez mais na técnica. “Na época, a ONG Cocidama, uma ONG ambiental de São João da Barra, os integrantes André Pinto e Bruno Costa resolveram me homenagear com o selo verde por uma foto de pôr do sol, em comemoração ao segundo ano de atuação da ONG. Isso também foi um estímulo para me aperfeiçoar. Sou muito ligado à natureza e minha inspiração é a bela paisagem em São João da Barra”, diz.
O pôr do sol é mesmo um espetáculo da natureza que encanta Batista. “Se você for durante um mês na beira do Rio Paraíba, você verá 30 manifestações diferentes uns dos outros. É um espetáculo muito lindo”, acrescenta, lembrando que além de técnica é necessário ter um pouco de sorte, estar no lugar certo e na hora certa, para ter um belo resultado. “A foto da garça, por exemplo. Eu não contava nunca em tirar a foto com aquele ângulo. Tem que ter olhar e saber o momento certo também. Hoje em dia é fácil fotografar, pois as máquinas digitais trazem muitos recursos. Tem cursos para isso, para treinar o olhar e com o tempo vai aperfeiçoando mais ainda”, afirma Batista que possui uma máquina convencional, Pentax, com filme, mas deseja em breve adquirir uma digital. “Tenho duas câmeras e gosto muito delas. Ainda não tive condições, mas vou conseguir, pois acho que temos que acompanhar a evolução tecnológica sim”, diz.
— Essa exposição significa a realização de um sonho, uma realização profissional depois de tanta assistência e apoio de pessoas como Marcelle Salgado, uma jovem e talentosa fotógrafa, e Geraldo Lopes Branco, que cederam o espaço cultural. Vânia Pantoja é outra amiga que também sempre torceu para que eu fizesse uma mostra de fotos. Agradeço muito aos patrocinadores que acreditaram na realização deste grande sonho — conclui.

Fonte: Secom/SJB