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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Neco: de fiel escudeiro a prefeitável


O agricultor José Amaro Martins de Souza, o Neco, é o mais antigo vereador de São João da Barra. Puxador de legenda do PMDB, está no quarto mandato, que abriu mão de exercer para aceitar o desafio de comandar a secretaria municipal de Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos. Amigo e fiel escudeiro da prefeita Carla Machado (PMDB), temperamento tranquilo e boa praça, é o preferido dela para a sucessão, mas seu nome não é o único citado entre os governistas.
O blog conversou com Neco na noite de quinta-feira. No mesmo momento, na Câmara, o vereador Alexandre Rosa (PPS) anunciava que estava deixando o G-5 para seguir uma linha independente. A notícia chegou quase no fim da entrevista e Neco falou também sobre o assunto, já prevendo e aprovando a reaproximação do antigo aliado.
Com a novidade, o blog inverteu a pauta e, na mesma noite, já início da madrugada, conversou com Alexandre e postou de frente a entrevista. Segue agora, finalmente, o bate-papo com Neco.

Você é pré-candidato a prefeito?

Sou pré-candidato sim.

Se você é o nome para a sucessão, inclusive com a preferência da prefeita Carla Machado, por que há tantas pré-candidaturas governistas? Por que o martelo não é logo batido para a sua candidatura?

Se a prefeita, como você disse, já declarou a preferência pela minha candidatura, isso não quer dizer que é uma decisão tomada. Somos um grupo, pensamos como grupo. Se outro nome estiver em situação melhor nas pesquisas, estarei de coração aberto para aceitar e apoiar. Eu faço o meu trabalho.

E como estão as pesquisas?

Eu não sei agora. Não estou preocupado com pesquisas agora. Estou trabalhando na secretaria, estou contribuindo com o governo.

Mas essa demora na definição do nome não gera desgaste?

Não, de jeito nenhum. O grupo da prefeita é unido. Ela sempre se coloca muito bem com sua liderança. Todos vão aceitar muito bem o que for melhor.

Os críticos à sua candidatura dizem que a prefeita prefere você porque será uma continuidade e seu mandato não terá independência. Isso procede?

Sempre fui independente e nunca vou deixar de ser. A prefeita Carla confia muito em mim. Eu já provei muitas vezes que nunca vou trair sua confiança. Somos amigos desde quando ela não estava no poder. Contei com ela, sou grato. Mas tenho minhas próprias ideias e agirei com independência.

O G-5 surgiu por sua insistência em se manter na presidência da Câmara. Você ficou dois biênios e quis o terceiro, levando Alexandre Rosa (PPS) e Gersinho (PMDB) para a oposição. Você não se sente culpado pelo fato de a prefeita ter perdido a maioria?

Não vejo desta forma. Não estava cuidando da mesa diretora. Nem Carla. Estávamos na campanha de Rosinha em Campos no segundo turno. Enquanto isso o G-5 foi se reunindo, se formando. Até aí eu não tinha me lançado. Só depois foi que me lancei na esperança de reverter o quadro, porque Alexandre foi eleito no nosso palanque, Gersinho também e a gente esperava que pelo menos um ficasse com a gente. Mas não teve jeito. Não fui eu que antecipei o processo da mesa, foram eles. Eu já tinha o apoio dos três e só faltava mais um.

Carla não esconde a preferência por você, mas não fecha a questão de uma vez no grupo e o processo da sucessão pelo lado governista continua solto. Diante deste quadro, quem seria seu maior adversário hoje: Alexandre, Gersinho, Betinho Dauaire ou os adversários internos, o fogo amigo?

Hoje seria o vereador Alexandre, porque mora na sede do município, está junto da população diretamente. É o nome mais forte. Mas quem for lançado pelo governo será o mais forte e Alexandre o segundo.

Como agricultor, como você está vendo o processo de desapropriações no quinto distrito?

A minha opinião é que as empresas ou até a Codin marquem reuniões com os proprietários do quinto distrito. Eu jamais seria contra o complexo portuário. Eu vim do corte de cana e vi a dificuldade do povo do quinto distrito com a questão do emprego. Hoje tem muita gente trabalhando no porto. Mas quem quiser viver da agricultura, tem área para isso. O distrito industrial não é todo o quinto. O que está faltando, na minha opinião, é mais informação. Na área industrial o valor mínimo pelo alqueire é R$ 60 mil e isso é só areia. Pode chegar até R$ 130 mil se for uma terra produtiva. Fora os benefícios da lavoura, do gado. Isso é bom. Quanto valiam antes as terras? Um terreno no Açu custava R$ 2,3 mil e agora custa R$ 20,3 mil. Mas o que eu acho é que precisa mais diálogo, uma conversa mais clara. Já pedi isso à Codin. Pedi que procurem a população do quinto e conversem. Muitas pessoas de fora ficam colocando terror. Isso confunde.

Falando nisso, como você a participação de Garotinho em defesa dos produtores do quinto distrito?

Nessa briga nós já estamos há muito tempo. Se ele está chegando agora parabéns para ele. A prefeita Carla fez várias reuniões explicando a situação, colocou advogados à disposição. Quer vir agora? Beleza. É um deputado federal, se quer somar vem somar, mas já estamos nisso não é de hoje. Agora, eu não creio que o deputado seja contra as obras do porto do Açu.

Na última eleição da mesa diretora da Câmara todos fecharam com Gersinho e apenas seu voto destoou. O que aconteceu? Você votou errado?

O que aconteceu foi que eu fui para a sessão brincando o tempo todo com Franquis que votaria nele. Não seria para presidente, mas para secretário. Então eu esqueci e votei para presidente. Foi só isso. Mas fiz questão de me justificar. Eu poderia deixar quieto e provocar uma dúvida entre eles. Mas fui verdadeiro.

Voltando à sua pretensão de ser prefeito, o que você faria no governo igual e diferente do governo Carla?

Igual seria a dedicação com o município. Carla é uma pessoa que mora em São João da Barra, está próxima da população e tem feito muito, trabalha com muito carinho. Diferente seria o horário. Ela acorda mais tarde e eu gosto de levantar mais cedo. Ela dobra a noite trabalhando e eu não tenho esse pique de ficar a noite sem dormir. Vou para a cama 21h30, 22h, no máximo, e acordo às 5h. Serei um prefeito mais do dia.

Mas o que hoje ainda não está bom?

A saúde precisa melhorar. Quando tinha o Inbesps, até a decisão jurídica, a situação era melhor, inclusive com alta complexidade. Depois que terminou a saúde piorou. Teve que ter o concurso e o problema é que muitos médicos não vão trabalhar. Não são todos, claro, é um minoria, mas que afeta toda a estrutura. Tem médico que faz quatro plantões por mês, então pega dois atestados, falta mais um e pronto, praticamente falta o mês todo. Depois do concurso piorou. Mas a partir deste ano a saúde vai estar melhor.

E a educação também não precisa melhorar? Os índices estão ruins.

Tem que melhorar, mas já avançou muito. Quantas pessoas hoje podem cursar faculdade por causa das bolsas? O jovem do quinto distrito, que tinha essa realidade distante, está indo para a faculdade. Saem dois ônibus todo dia do quinto.

Você está falando do ensino superior, mas a questão é o ensino básico.
Sim, mas vai melhorar. Temos que nos concentrar nessas áreas.

Com tantas pré-candidaturas colocadas e tanta reviravolta você espera uma disputa ainda mais acirrada em 2012?

Acho que não. Há muitas candidaturas sendo lançadas.

Mas na hora H não ficam dois?

Se ficar será melhor. Eu gosto muito de desafios.

Com você vê a decisão de deixar o G-5, que o vereador Alexandre acaba de tomar? Ele poderia ser o candidato do grupo de situação?

Todos que estão no grupo têm chance.

Mas não seria complicado o processo de aceitação, de reaproximação?

Não sei. Existem muitas pessoas no governo que sempre gostaram de Alexandre. Ele que se afastou.

Ele merece uma segunda chance?

Com certeza. Ele está chegando como o salvador da pátria. O verão foi muito ruim. O G-5 enfrentou desgaste com o corte nos recursos dos shows. E não foi só o verão. Não foi possível aumentar o cartão cidadão também e outras coisas. Alexandre está retornando à casa dele, que é o governo.

Fonte: Blog Entrelinhas - Júlia Maria de Assis

São João da Barra; Escola de Samba Congos estará no Brazilian Ball 2011, no Canadá.


A Escola de samba Congos, de São João da Barra, vai participar do evento beneficente Brazilian Carnival Ball, em Toronto, Canadá. A primeira vez foi em 2009 e, agora, a escola volta a participar apresentando quarenta fantasias de musas, dois carrinhos de luxo e adereços de carros alegóricos que já embarcaram para o exterior há duas semanas.

Do estado do Rio, apenas duas escolas de samba vão se fazer presente, a Grande Rio e a Escola de Samba Congos. Esta última, inclusive, teve uma de suas fantasias estampadas na capa de revista do evento em 2009. Os modelos das roupas serão apresentados por Nelcimar Pires e Jonivam Bastos do Amaral, destaque e aderecista dos Congos. Eles embarcam para o Canadá na próxima sexta-feira (08).

A Escola de Samba Congos irá marcar presença pela segunda vez, sendo a primeira e única escola do interior do Estado do Rio de Janeiro a participar do baile, juntamente com grandes escolas e destaques do Rio de Janeiro e São Paulo.

O Brazilian Carnival Ball existe há 45 anos e é um evento vitorioso de Toronto, Canadá. Criado pela mineira, a saudosa, Anna Maria Marcolini Guidi de Souza, o baile é beneficente e reúne anualmente cerca de dois mil convidados que desembolsam quinze mil dólares pela mesa mais barata. Em mais de quatro décadas, essa entidade filantrópica internacional bateu um recorde em contribuições e patrocínios: o baile se classifica entre as maiores galas beneficentes do mundo, a mais importante do calendário oficial canadense e o maior baile anual de Carnaval brasileiro do planeta.

O Quadragésimo Quinto Brazilian Carnival Ball será realizado no dia 16 de abril, em Toronto, e beneficia o Royal Ontário Museum, um dos mais importantes museus do planeta nas áreas de história natural e cultura mundial. O Brazilian Ball também está pesquisando uma entidade brasileira para ser o beneficiado brasileiro em 2011. O traje este ano será Black Tie ou estilo barroco.

A missão deste evento é arrecadar dinheiro para uma variedade de causas importantes na área da saúde, investigação, cultura e educação em Toronto e no Brasil. Isto é, conseguido através de um espetáculo brasileiro autêntico, com uma noite inesquecível de diversão e emoção para todos que comparecerem.

Fonte: Portalozk.com

Lá vem a POLÍTICA!


Aproximando a campanha política municipal de São João da Barra, vivemos uma época de grandes revoluções. Com a chegada do Complexo logístico portuário, quem não está interessado no poder público? A tradição que presenciamos no carnaval, pode ser encontrada presente na população que não deixa um momento de fazer um comentário de quem será o próximo prefeitável. Algumas palavras são até engraçadas “de sunga no cais”, “G5”, “GLAMA”, típicas de sanjoanenses criativos que esquentam a política. Em 2012, a política promete pegar fogo. Alguns nomes já soam como o agricultor José Amaro Martins de Souza, o Neco, é o mais antigo vereador de São João da Barra, o vereador Alexandre Rosa que atualmente abandonou o grupo G5, padre Francisco de Assis e o ex-prefeito Betinho Dauaire. A luta vai ser árdua, boa sorte a todos!!